O deputado Roberto Magalhães (PFL), advogado e jurista, discorda das declarações dos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra sobre o seqüestro de funcionários da TV Globo por gente do PCC.
Alckmin e Serra trataram o caso como terrorismo pol?tico-eleitoral.
Mas o deputado pernambucano acha que o Pa?s precisa deixar de tratar o assunto como uma questão "eleitoral e partidária".
Magalhães afirmou a Paulo Sérgio Scarpa, colunista do Jornal do Commercio, que o seqüestro se caracteriza como um ato de "terrorismo" e que, como tal, deve ser tratado pelo Pa?s. "O que assistimos não é uma briga entre bandidos e policiais, é terrorismo.
Não é um caso corriqueiro, é algo muito grave", disse.
Segundo o parlamentar, o Pa?s está muito mais inseguro, hoje, do que há um ano. "Com o MST no campo e o PCC nas cidades, não se sabe para onde vamos porque está caracterizada, para mim, a desobediência civil", vaticina.
Magalhães diz que o fato de o governo federal e do governo paulista se negarem a falar sobre o seqüestro com a imprensa indicaria que "as pol?cias não sabem ainda o que está por trás do seqüestro e nem sabem ao certo com quem estão tratando.
Quem é na verdade o PCC e o que a organização deseja?", questiona.
O ex-governador acentua que lhe chamou a atenção alguns erros na mensagem do PCC que, para ele, foram cometidos de propósito para encobrir o verdadeiro autor da mensagem. "Ela foi escrita por um intelectual, que forçou erros, como a expressão ilusionismo no lugar de iluminismo, para conduzir a interpretação de que o texto é de um bandido".
Para Magalhães, as denúncias de falcatruas no Legislativo e Executivo devem ter "apressado o desmantelamento da ordem pública".