Definitivamente era melhor Humberto Costa, o candidato do PT ao governo de Pernambuco, ter faltado ao debate promovido pelo Instituto Antônio Carlos Escobar (IACE), no Recife, sobre segurança pública.

Com o tempo curto, correndo de um evento para outro e com o debate promovido pela Universidade Maur?cio de Nassau/TV Nova marcado para 20h, Humberto deu uma demonstração clara de improviso.

Pernambuco está entre os mais violentos estados do Brasil.

Registrou mais de 31 mil assassinatos nos sete anos e meio de gestão de Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Mendonça Filho (PFL).

A população vive em permanente estado de insegurança, não é de hoje.

Esse é, portanto, um tema demasiadamente delicado para ser tratado com improviso.

Na rápida passagem pelo debate, Humberto disse coisas do tipo: "Não há milagre a ser feito, não tenho nenhuma solução bombástica"; "Não será da noite para o dia que isso (a violência) será modificado"; "Não há milagre e nem grandes propostas novas".

Humberto Costa, questionado pela platéia, apresentou quase nada de proposta concreta.

Disse que o tema da segurança ainda está sendo analisado por sua equipe do programa de governo.

E o programa não foi conclu?do.

Sem tempo, saiu prometendo enviar um documento com respostas a todas as questões apresentadas pelos cerca de 100 eleitores que lá foram ouvi-lo.

Antes, no entanto, fez promessas genéricas, do tipo "priorizar saúde, educação e segurança", e uma efetivamente concreta: disse que utilizará o que for registrado de crescimento na arrecadação do ICMS, a partir de 2007, para aplicar em segurança.