Por Ana Lúcia AndradeRepórter de Pol?tica do JC Uma semana depois de afastado da coordenação de comunicação da campanha do governador e candidato à reeleição, Mendonça Filho (PFL), o publicitário José Roberto Berni rompeu o silêncio.
Ontem, em entrevista por telefone do Paraná, explicou as razões da sa?da.
Berni não mediu palavras.
Acusou o coordenador de marketing da campanha, Antônio Lavareda, de ter tentado fazer dele o seu “laranja???, porque não pretendia assumir a linha de frente da campanha depois de a aliança ter sofrido duas derrotas eleitorais (2000 e 2004) sob o seu comando. “Lavareda achou que eu era o nome adequado para colocar a?, para ele não ficar na frente, não se expor, porque contava com um resultado muito ruim que acumulou nas últimas campanhas, sobretudo a última (2004), que foi uma coleção de erros fantásticos.
Ele deve ter pensado: ‘Eu coloco o Berni e ele vai fazer o que eu mando’.
Como se eu fosse um laranja dele.
O erro dele foi esse: achar que eu seria o laranja dele.
Quando ele percebeu que eu agiria dentro daquilo que achava correto, ouvindo ele evidentemente, mas agindo com o meu livre arb?trio, me demitiu.
Isso aconteceu porque eu não me prestei a ser o laranja dele???, explicou.
O publicitário sustenta que havia um acordo, no momento em que foi contratado, de que teria a palavra final na campanha.
Assegura, inclusive, que Lavareda teria lhe colocado por diversas vezes que atuaria apenas como “consultor???. “Isso não ocorreu.
Sábado passado (retrasado) fui comunicado que estava dispensado.
Inclusive, horas antes disso, eu tinha estado com o governador e t?nhamos feito projetos para a segunda-feira.
Combinamos o que ir?amos fazer e gravar.
Então o governador também não participou dessa decisão???, esclareceu.
Berni não especifica em que pontos da campanha sua “palavra final??? não foi atendida.
Mas chama a atenção para duas diretrizes que avalia serem inadequadas à disputa.
Primeiro, discorda da tentativa de se buscar adotar para Mendonça uma campanha centrada em ataques. (…) “Devem lembrar as conquistas e avanços importantes promovidos pelo grupo.
Até porque são com essas credenciais que o grupo pleiteia mais quatro anos no governo.
O que não se pode fazer é uma campanha pautada nisso.
Tem que olhar para frente.
As pessoas estão interessadas no que Mendonça vai fazer.
Elas o conhecem de nome, não o conhecem bem.
Os grupos de discussão a que assisti nas pesquisas qualitativas, estão interessados nas propostas, nas idéias dele, no que ele tem a dizer???.
Leia mais aqui (assinantes JC e UOL).