Por Mariana BragaDo site Contas Abertas O programa de Inclusão Digital do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) parece ter atra?do não só o interesse de sanguessugas como o de muitos congressistas.
Desde 2004, 311 emendas ao orçamento do MCT foram apresentadas por parlamentares com o termo "inclusão digital".
Dessas, 31 propostas apresentam a expressão "unidade móvel".
Isso significa um acréscimo de R$ 405,5 milhões, nos últimos três anos, à quantia proposta pelo Executivo para atender o programa do governo apontado como suspeito pela CPI dos Sanguessugas.
Dessa quantia, R$ 14,4 milhões foram sugeridos por deputados e senadores especificamente para a compra de unidades móveis, por meio de 24 emendas.
Os ônibus equipados com computadores são hoje o principal foco das investigações que buscam acabar com a máfia que desviava recursos públicos e superfaturava licitações.
O valor sugerido em 2005 corresponde a 70% da verba total destinada por emendas dos últimos três anos à compra do ve?culo.
Em 2004, apenas 6 propostas beneficiaram as ações de inclusão digital, sendo que juntas não ultrapassaram os R$ 550 mil. (…) Se depender de seus representantes, em 2006, o Rio de Janeiro ficará bem servido pelas unidades móveis de inclusão digital, já que outro deputado do PSB, João Mendes de Jesus, dedicou mais R$ 1,2 milhão para suprir o Estado com o equipamento.
Os demais parlamentares que propuseram, este ano, emendas da mesma natureza foram: Vanderlei Assis (PP-SP), Pedro Corrêa (PP-PE), Silas Câmara (PTB-AM), Eduardo Seabra (PTB-AP) e Maria Lúcia Cardoso (PMDB-MG).
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