Esse modelo de entrevistas do Jornal Nacional, definitivamente, fracassou.

A ânsia por colocar os candidatos contra a parede levou a situações como a de Helo?sa Helena, ontem, quando ela, com o talento verborrágico que tem, meteu Bonner e Fátima Bernardes no bolso.

O modelo transformou hoje, com Cristovam Buarque, a questão da Educação num tema menor ou enfadonho e repetitivo.

Isso aconteceu porque Buarque não é midiático como HH, não tem o talento dela para as frases de efeito com a velocidade e a atitude que a TV exige.

A dupla global mergulhou a entrevista num emaranhado de números, de situações e miudezas pol?ticas.

Buarque tem a agenda correta e não foi conduzido de maneira a explicar por que o investimento em Educação é o principal desafio do pa?s hoje.

A agenda fundamentalmente economicista, encampada por todos os outros, reflete o Brasil dos últimos anos.

Não projeta o pa?s à frente.

Essa agenda da economia deve continuar a ser cumprida, como bem mostrou Buarque.

Porém, o salto brasileiro se dará com uma nova realidade educacional.

Os problemas do candidato pedetista são outros.

Falta a ele, por exemplo, o suporte pol?tico-partidário, uma ampla base de forças pol?ticas para viabilizar os projetos que apresenta.

Sem esse suporte, dificilmente conseguirá realizá-los, mesmo que venha a ser eleito.

Desse mal, aliás, também padece HH.