Por Lúcio Vaz e Marcelo RochaDo Correio Braziliense O empresário Darci Vedoin, um dos l?deres da máfia das ambulâncias, afirmou à Justiça Federal que o petista José Airton Cirilo teria fechado um "acerto prévio" com o então ministro da Saúde, Humberto Costa, prevendo a liberação de cerca de R$ 30 milhões de recursos extra-orçamentários para a aquisição de unidades móveis e equipamentos médico-hospitalares, mediante o pagamento de uma comissão de 15% das licitações executadas.
Teriam sido destinados R$ 6 milhões para munic?pios e entidades do Ceará, R$ 14 milhões para o governo do Piau? e R$ 10 milhões para o governo do Mato Grosso do Sul.
O empresário Ronildo Medeiros confirmou a existência desses acordos e acrescentou que também teria sido feito um acerto com a prefeitura de Campinas.
Humberto Costa contra-atacaA assessoria do ex-ministro da Saúde Humberto Costa afirmou ontem que o petista não foi informado sobre o conteúdo dos novos depoimentos recebidos pela CPI dos Sanguessugas.
Reiterou declarações anteriores de que ele não tem qualquer envolvimento com o escândalo e que está à disposição da comissão para prestar os esclarecimentos necessários, mas defendeu que todos os ex-ministros dos últimos cinco anos sejam convocados, o que incluiria seu antecessor Saraiva Felipe (PMDB-MG), o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, José Serra, e Barjas Negri, também do PSDB.
Humberto Costa ressaltou ainda que as irregularidades atribu?das à máfia dos sanguessugas tiveram in?cio durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e que a investigação da Pol?cia Federal que desbaratou o esquema ocorreu na administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sobre José A?rton Cirilo, afirmou que encontrou com ele apenas para tratar de questões pol?tico-partidárias e que "o dirigente petista nunca esteve autorizado a falar em meu nome ou do ministério".
Leia target=_blank>aqui o texto completo (assinantes).