Do Correio Braziliense Em depoimento secreto dado na CPI dos Sanguessugas no último dia 13, o empresário Darci Vedoin, dono da Planam, afirmou cinco vezes que, a partir da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o dinheiro que abasteceu o caixa da quadrilha passou a ser liberado diretamente pela Casa Civil, a época chefiada por José Dirceu (PT-SP).

Segundo Vedoin, a liberação dos recursos era usada de forma a forçar os deputados, inclusive alguns da oposição, a votarem conforme o mando do Palácio do Planalto. “O ministro da área tem uma cota.

Mas quem aprova e quem paga chama-se Casa Civil.

Só paga quem votar junto com ele???, informou Vedoin.

Questionado pela senadora Helo?sa Helena (PSol-AL) sobre a existência de um contato dos sanguessugas dentro da Casa Civil incumbido de acelerar a liberação de verbas orçamentárias, ele primeiro negou.

Depois, refugou — “eu não tenho provas, senadora???.

E por fim, confirmou, quando perguntado se alguém de dentro do esquema já mencionara o nome dessa pessoa: “Sim???.

Darci Vedoin, porém, não disse de quem se tratava. (…) De acordo com Darci Vedoin, a Planam preparava o pré-projeto e o projeto apresentados ao Ministério da Saúde, acertava a realização da licitação nas prefeituras e acionava os parlamentares com base na previsão de gastos no Orçamento da União.

Ele não diz com todas as letras, mas sugere que os ministros da cada área tinham autonomia para executar apenas as chamadas despesas “extra-orçamentárias???, como são chamados os gastos orçados pelo Ministério do Planejamento na Lei Orçamentária.

Mas emendas parlamentares, não.

Leia aqui o texto completo (assinantes).