Por Sheila BorgesRepórter do JC Em sua primeira caminhada pelo Centro do Recife, o candidato a governador da Frente Popular de Pernambuco, deputado federal Eduardo Campos (PSB), encontrou, ontem à tarde, dois tipos de eleitor: aquele que o vinculava, prontamente, à imagem do ex-governador Miguel Arraes - avô do socialista que faleceu no ano passado - e aquele que, simplesmente, não o conhecia.

Por mais que a militância distribu?sse panfletos com a foto do ex-ministro da Ciência e Tecnologia ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as pessoas não faziam uma associação voluntária.

Para consolidar o slogan de sua campanha "Novo Pernambuco.

Novo governador", principalmente na Região Metropolitana do Recife, Eduardo vai ter que encontrar uma fórmula que o ajude a descolar da figura de Arraes, que já governou o Estado por três vezes (62/86/94), e a aproximar-se de Lula.

Surpresa com a presença de um pol?tico andando no camelódromo e conversando com os ambulantes, a vendedora Roseane Teles, de 21 anos, cumprimentou o candidato, mas depois revelou à reportagem do JC que não o conhecia, nem pela televisão. "Nunca tinha visto antes", falou enquanto guardava a propaganda do socialista.

O ex-ministro era cumprimentado com mais entusiasmo pelos ambulantes mais velhos, que faziam questão de lembrar do ex-governador. "Sempre votei em doutor Arraes.

Agora, voto nele. É uma questão de fam?lia", recordou Reinaldo de Lima, que também está no camelódromo desde 92.

O cineasta camelô, Simião Martiniano, que tem um box no local, disse que estava "feliz" por ver Eduardo ali.

Lembrou que, em campanhas passadas, dona Madalena Arraes, esposa do ex-governador, chegou a ir em sua casa, em Jaboatão dos Guararares.

Leia aqui o texto completo (assinantes JC e UOL).