Os principais atores da disputa pelo governo de Pernambuco esperam ter na próxima semana um quadro um pouco mais claro sobre o efeito do escândalo das sanguessugas na sucessão estadual.

As not?cias envolvendo o candidato do PT e ex-ministro Humberto Costa com o caso terão, certamente, repercussão na campanha.

A questão agora é saber qual será esse impacto e quando ele virá.

Ele será pol?tico, eleitoral ou ambos?

Os analistas ouvidos pelo Blog, todos acostumados com o manejo de pesquisas eleitorais, são unânimes em alguns pontos: 1) É cedo para saber os preju?zos de Humberto.

O eleitor leva algum tempo para digerir as not?cias que recebe.

Ele precisa de mais análises e informações; 2) O caso ganhou destaque a partir da última sexta-feira.

Mas só alcançou escala maior com reportagens na TV, principalmente na Globo – no Fantástico, domingo, e no Bom Dia Brasil e Jornal Hoje, na segunda-feira; 3) A crise vivida por Humberto ainda não se encerrou.

Ele luta hoje para se defender e mostrar que não tem relação com a quadrilha das ambulâncias.

Os adversários, porém, vão atacá-lo mais e mais.

Dia 15 começa o guia eleitoral e o tema voltará com intensidade; 4) O caso das sanguessugas fragiliza Humberto porque representa uma reca?da, um novo surto de relação com escândalos nacionais.

O último deles havia sido o do mensalão, quando a ex-assessora Eristela Feitosa foi apontada como destinatária de recursos do esquema de Marcos Valério/Delúbio Soares.

Antes disse, houve a Operação Vampiro.

Para os dois casos, Humberto tem respostas e explicações consistentes.

O problema é como o conjunto de acusações chega ao eleitor.

Além de respostas, ele precisa ter muita munição contra as versões.

Até a semana que vem deverão ser realizadas pesquisas por encomenda do próprio Humberto ou de seus principais concorrentes – o governador Mendonça Filho (PFL) e o deputado Eduardo Campos (PSB).

Os números mostrarão se há efeitos eleitorais imediatos.

Humberto pode cair nas pesquisas logo ou perder pontos apenas mais adiante.

Pode também não cair.

Ele recebeu 22% na última JC/Vox Populi, divulgada no dia 15, contra 21% de Eduardo e 35% de Mendonça.

Além do preju?zo eleitoral, o ex-ministro deverá sofrer preju?zos pol?ticos.

L?deres como o presidente Lula podem se distanciar dele para não serem contaminados pela crise.