Do blog de Noblat A essa altura do campeonato, tudo de que Lula não precisava era de mais uma história cabeluda protagonizada por um auxiliar ou ex-auxiliar dele - muito menos alguém do Nordeste, região que por ora sustenta a dianteira de Lula nas pesquisas eleitorais.

Ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, candidato do PT ao governo de Pernambuco, virou sem querer uma pedra no sapato de Lula.

E a ordem dada pelo alto comando da campanha de Alckmin é uma só: bater o máximo em Humberto.

O empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, apontado pela Pol?cia Federal como chefe da máfia dos sanguessugas, disse que Humberto o ajudou liberando verbas do Ministério da Saúde via José Airton Cirilo, membro da Executiva Nacional do PT.

Humberto nega e promete processar quem repercutir a confissão de Vedoin.

Cirilo confirma que se reuniu com Vedoin algumas vezes, mas também nega que o tenha ajudado a liberar verbas no ministério.

E que tenha cobrado comissão em troca do serviço.

Lula confia na indoneidade de Humberto.

Mas sabe que uma assessora dele no ministério sacou grana do mensalão de conta de Marcos Valério.

E sabe que Vedoin citou mais quatro assessores de Humberto como envolvidos com os sanguessugas.

Se tudo isso é péssimo para a campanha de Humberto em Pernambuco, é ruim para a de Lula no Nordeste ou fora dali.

Mas ele tem pouco a fazer a essa altura - salvo evitar aparecer na companhia do seu ex-ministro.