Por Fernando Castilho Colunista de Economia do JC Os economistas chamam de “Estratégias de Crescimento Pró-Pobre???, o governo federal chama de Mecanismos de Inclusão Social e a oposição chama de programas eleitoreiros.
Seja qual for o nome que programas como o Bolsa-Fam?lia possam receber, o fato é que ninguém discute que são os responsáveis pela vantagem do presidente Lula, em todas as pesquisas de opinião pré-eleitorais no Nordeste, de pelo menos 50%, sobre o candidato Geraldo Alckmin.
Na última sexta-feira, no encerramento de um encontro de economistas que pesquisam a economia nordestina, em Fortaleza, o pesquisador do Centro de Pol?ticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marcelo Cortes Néri apresentou o que poderia ser chamado de primeiro estudo acadêmico para explicar porque é que Lula está tão bem posicionado nas pesquisas.
Ele afirmou que esse programas aumentaram a renda das fam?lias em 2,46% entre 2001 e 2004 quando os que trabalham viram ela crescer apenas 0,61%.
No ano passado, o governo Lula pôs nos bolsos das fam?lias pobres 3,98% que somados ao ganhos com o trabalho fez sua renda subir 14,11%.
Isso quer dizer o seguinte: em 2004 quando a economia cresceu 3,56%, as fam?lias beneficiadas pelos programas tiveram um ganho de 14,11%.
O que responde a pergunta.
Com esse tipo de benef?cio, você não votaria no Lula?
A prova da queda da pobreza Marcelo Néri está entre os pesquisadores da FGV que, em 2003, avisaram que a pobreza no Brasil estava diminuindo, provocando a ira de dezenas de acadêmicos.
Hoje, ele diz que se acertada ou não, esse tipo de pol?tica está, de fato, transferindo renda.
Somada ao trabalho dessas fam?lias, o ganho aumenta.
Na verdade, entre 2001 e 2004, a renda do trabalho caiu -1,59%, enquanto a renda das fam?lias beneficiadas ficou 3,07% maior.
Porta da pobreza Os economistas vêm isso com olhar atravessado.
Quando Néri afirma que eles contribu?ram para o crescimento, seus colegas levantam a tese de que os programas não serão suficientes para fazer com que cruzem as portas de sa?da da pobreza.
Clique aqui para ler a coluna completa (assiantes JC e Uol).