Leia, abaixo, a ?ntegra da nota à imprensa divulgada, há pouco, pela assessoria de comunicação do ex-ministro da Saúde Humberto Costa: "A respeito das últimas informações que supostamente envolvem seu nome com a investigação levada a cabo na CPI dos Sanguessugas, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, através de sua assessoria, vem de público prestar os seguintes esclarecimentos: 1) A partir de informações de antigos assessores, o ex-ministro Humberto Costa confirma que o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin esteve em seu gabinete, em fevereiro de 2003, acompanhado de Benedito Domingos, ex-deputado pelo Distrito Federal.

Na ocasião, Vedoin foi apresentado como um amigo do pol?tico.

O encontro, como de praxe, contou com a participação de alguns assessores do Ministério da Saúde.

Vedoim solicitou que fossem liberados recursos do RAP (restos a pagar) de 2002, referentes a licitações que envolviam a sua empresa, a Planam.

O ex-ministro explicou ao empresário a existência do Decreto nº 4594, de 13/02/2003.

Como o volume de recursos deixados pelo governo anterior era muito alto, o decreto previa algumas normas para essas liberações, priorizando contratos e convênios em andamento, obras já iniciadas e licitações realizadas e homologadas.

Quem apresentou essas condições, recebeu os recursos solicitados.

Por se tratar de um decreto da Presidência da República, com regras muito claras, sequer caberia qualquer possibilidade de interferência do Ministério da Saúde para beneficiar quem quer que seja.

Outro dado importante: O governo liberou do RAP 2002 um total de R$ 19.375.927,79, referente a emendas de todos os partidos, para 295 convênios de unidades-móveis. 2) A Procuradoria-Geral da República no Mato Grosso enviou à Diretoria de Convênios (Dicon), núcleo do Ministério da Saúde no Estado, o of?cio nº 251, de 10/11/2003, assinado pelo procurador Moacir Mendes Souza.

O documento foi repassado diretamente pela Dicon para o Fundo Nacional de Saúde (FNS).

O Fundo, por sua vez, acatou de imediato a decisão da Justiça, suspendendo o repasse de recursos para os munic?pios citados no documento.

Com essa decisão, não houve a necessidade de o caso chegar ao gabinete do ministro da Saúde. 3) O ex-ministro Humberto Costa considera absurdas as insinuações a respeito do seu ex-assessor Antônio Alves, uma pessoa de caráter ilibado e de ficha funcional exemplar.

O ex-assessor já rechaçou todas as acusações sobre ter sido beneficiado com passagens ou hospedagens pagas por qualquer empresa.

Tem, inclusive, em seu poder, registros sobre as viagens que realizou no ano de 2003, todas com diárias pagas pelo Ministério da Saúde.

Espera-se da CPI um trabalho de investigação elementar e imparcial, de conferência dos supostos documentos que estariam de posse do senhor Vedoin, bem como uma simples pesquisa da relação de passageiros das companhias aéreas do referido per?odo e da relação de hóspedes do hotel citado para confirmar ou não a presença de Antônio Alves ou pessoas ligadas a ele. 4) Como já explicou em entrevistas à imprensa, o ex-ministro Humberto Costa reafirma que José A?rton Cirillo jamais esteve autorizado em negociar em seu nome ou do Ministério da Saúde sobre qualquer assunto.

O ex-ministro admite que já teve diversos encontros com o integrante do PT, todos eles de caráter pol?tico e partidário, já que Cirillo foi candidato do partido ao Governo do Ceará.

Humberto Costa reitera que nunca foi procurado por José A?rton para tratar sobre a liberação de recursos para a aquisição de ambulâncias. 5) Em 2003, primeiro ano do Governo Lula, durante a apresentação do Plano Plurianual (PPA), que tratava dos orçamentos referentes aos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007, por orientação do ex-ministro Humberto Costa e dos técnicos do Ministério não foi introduzida qualquer ação referente à compra de ambulâncias, por não se tratar de uma prioridade de investimento do Sistema Único de Saúde.

Com isso, não mais haveria a liberação de recursos federais para a compra de ambulâncias.

No entanto, por decisão do Congresso Nacional, que apreciou e votou as diretrizes do projeto, foi introduzida a ação referente à compra desse tipo de equipamentos no Programa de Atenção Especializada.

O ex-ministro Humberto Costa defende que a investigação, que é objeto da Operação Sanguessuga, seja levada a cabo da forma mais rigorosa e transparente poss?vel.

Ele lembra que foi a partir de uma denúncia realizada pelo Ministério da Saúde, durante a sua gestão, encaminhada à Pol?cia Federal, que a investigação que culminou na referida operação teve in?cio.

Por fim, Humberto Costa repele qualquer tentativa de utilização da CPI dos Sanguessugas para fins pol?ticos e eleitorais, e se coloca à disposição para qualquer tipo de esclarecimento em quaisquer que sejam os fóruns de investigação".

Assessoria de Comunicação de Humberto Costa