Por Marco Mondaini* Há cerca de um ano atrás, escrevi um artigo intitulado “O valor da vida no Brasil” citando inicialmente a declaração de um jovem estudante italiano que, em visita de caráter missionário à periferia de Fortaleza, afirmou que “a vida no Brasil não tem o valor que lhe atribuímos nós (os europeus) – no entanto, todos sorriem”. À época, depois de uma reação patriótica inicial, em que busquei na história européia exemplos de desvalorização da vida humana – como durante o colonialismo, o totalitarismo nazi-fascista e as duas Guerras Mundiais –, não tive como não dar inteira razão ao jovem estudante italiano, pois, realmente, a vida humana no Brasil tem cada vez mais um escasso valor.
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